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Pansophia

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quinta-feira, 9 de abril de 2015

O Sistema Planetário na visão do filósofo Filolau (470 a.C.-385 a. C.)

 

por Leandro Morena 

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Filolau de Crotona (Φιλόλαος), filósofo grego, foi um grande seguidor do pensamento pitagórico. Segundo consta, é atribuído a ele escrever sobre a doutrina pitagórica,, ao qual conseguiu sobreviver à contemporaneidade e os historiógrafos afirmam que o pensamento platônico foi influenciado por essas escritas.

Filolau foi um dos primeiros pensadores que afirmou que a Terra não é o centro do universo e a própria movimenta-se ao redor de um fogo que se situa na parte central, esse centro é como se fosse uma potência demiúrgica, pois é desse centro que cria-se a vivacidade para a Terra, no qual muitos acreditavam, inclusive Filolau, de ser a moradia do supremo, a divindade Zeus. O Fogo Central não se trata do Sol, mas sim de um fogo que não podia ser visto redundante, pois estava do lado oposto a Terra, pois segundo Filolau, aparecia nas regiões mediterrâneas onde não era habitado e por isso o povo grego nunca conseguia vê-lo. Entre o Fogo Central e a Terra, existe um planeta paralelo, invisível, que Filolau alcunhou de Antiterra.

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Para o discípulo de Pitágoras a Terra tinha uma órbita de 24 horas em torno do Fogo Central, e sempre volta à face para o exterior, o lado oposto, por isso a dificuldade de observar esse fenômeno. Já as órbitas do Sol e da Lua e dos cinco corpos celestes, a saber: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno, estavam bem mais distantes, estes, por sua vez, eram chamados de “astros vagabundos”, pós esses corpos celestes, seguiam-se as estrelas fixas, um fogo que seria externo e, por fim, o infinito.

 

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 Filolau explica como ocorre a luz do Sol, este é iluminado pela luz do fogo externo, e com isso ilumina todo universo visível; já a Lua recebia a luz do Sol, e o brilho dela é prateado, e isso se deve ao reflexo do Fogo Central. Com essa teoria, ele explicou porque os eclipses lunares eram mais habituais que os eclipses solares, pois concebe como a sombra da Terra projetada na Lua e a sombra do planeta Antiterra.

O Sistema Planetário de Filolau foi composto por dez corpos celestes, uma analogia ao número 10 que é considerado um número místico/divino para os pitagóricos, no qual, denomina-se a perfeição (ver o artigo: O pensamento Pitagórico: Os Números).

 

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Créditos/Obras Consultadas:

MONDOLFO, Rodolfo. O pensamento Antigo. Trad. Lívio Teixeira. Ed. Mestre Jou, São Paulo, 1964.

Coleção: A descoberta do mundo vol.I. editor: Victor Civita. Editora Abril, São Paulo, 1971.