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Pansophia

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domingo, 15 de abril de 2012

As Doutrinas Secretas – Pico Della Miràndola – (1463-1494)

 

por Osvaldo Duarte

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Giovanni Pico nasceu na Itália em 1463, morrendo ainda jovem em 1494 com apenas 31 anos de idade. Filho de família abastada, estudou nos melhores centros de cultura erudita. Pico falava várias línguas – latina, grega, árabe, hebraico e o caldeu, além do francês.

Omitimos aqui os seus comentários sobre as doutrinas religiosas e, apresentamos tão-somente, excertos sobre as doutrinas filosóficas.

Portanto, manter essas coisas distantes do vulgo, com a obrigação de revelá-las aos perfeitos, pois entre eles é que a sabedoria. (...) Praxe essa acatada, com rigor, pelos antigos filósofos. Pitágoras quase nada escreveu a não ser umas poucas linhas que, ao morrer, confiou na sua filha Damo. Já as efígies esculpidas, nos templos egípcios, advertiam o seguinte: que os dogmas egípcios fossem custodiados pelas chaves dos enigmas, ficando assim invioláveis para a multidão dos profanos. Platão escrevendo a Dionísio sobre os modos supremos de ser, dizia: “Por enigmas tenho que me expressar a fim de que, caso essa correspondência caia em mãos estranhas não seja entendida por outros quanto te escrevo”. Aristóteles, a respeito dos livros de metafísica, nos quais trata de assuntos ultraterrestres, afirma haver os editados e os fora de edição.

(...) lembro ter Giamblico Calcídeo escrito que Pitágoras apreciava a tal ponto a teologia órfica que dela fez o modelo para plasmar a sua própria filosofia.

Em decorrência disso, as sentenças de Pitágoras passam a ser chamadas de sacras na medida em que são derivadas de esquemas órficos. Daí, qual fonte originária, emanou a doutrina oculta dos números e tudo mais que de grandioso e sublime apresentou a filosofia grega. Segundo o costume dos antigos gregos, também Orfeu revestiu seus mistérios dogmáticos com o invólucro das fábulas e ocultou-os no aparato poético de sorte a dar ao leitor a impressão de que seus livros nada mais eram do que meras fábulas e nugas engenhosas.

Faço tal menção para que conheça o trabalho dificultoso em extrair desses artifícios enigmáticos, verdadeiros esconderijos, em formato de apólogos, o sentido latente daquela filosofia hermética. Ainda mais quando nessa tarefa tão árdua, recôndita e inexplorada, não se dispõe da ajuda bibliografia ou de recurso por parte dos intérpretes.

Créditos

MIRANDOLA, Pico Della. A Dignidade do Homem. São Paulo, Editora Escala,????.

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