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Pansophia

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quinta-feira, 10 de maio de 2012

O Homem como Medida - PROTÁGORAS (Séc. V a.C.)

por Osvaldo Duarte

 

protagoras[1]

O homem é a medida de todas as coisas, das que são, enquanto existem, e das que não são, enquanto não existem.

Trad. M.H.R.P

O frg. I Diels-Kranz é peça fulcral para a compreensão do pensamento do sofista de Abdera. Com efeito, a hermenêutica tem se mostrado abundante, haja vista as inúmeras bibliografias consagradas ao tema. M.J. V. PINTO apresenta o que seria o consenso quanto ao conteúdo doutrinal do fragmento:

“Cada homem é medida da realidade das coisas (objetos, fatos, sentimentos, etc.) tal como se lhes apresentam, e daí resulta que todas as suas representações são igualmente verdadeiras enquanto se baseiam na captação imediata das aparências”.

“(...) o homem é “medida” das coisas com as quais se relaciona de forma imediata através da percepção fenomênica, sem que se possa separar “pensamento” e “sensação”. (...) o que se discute não é propriamente a existência ou não existência das coisas, mas sim o modo como se relacionam com o homem...”.

 

Alguns comentários:

 

Hérmias – Escárnio dos filósofos pagãos

Mas aí está agora Protágoras, puxando-me para outro lado, quando diz: “O limite e o critério das coisas é o homem; o que lhe cai sob os sentidos são coisas, e o que não cai não se encontra entre as espécies de essência”.

Sexto Empírico – Contra os Matemáticos

Alguns incluíram também Protágoras de Abdera no grupo dos filósofos que aboliram o critério, porque afirma que todas as aparências e todas as opiniões são verdadeiras e que a verdade é algo de relativo, pois que tudo o que é aparência ou opinião para um indivíduo existe desde logo para ele.

 

Créditos

PINTO, Maria José Vaz. A Doutrina do Logos na Sofística, Lisboa, Edições Colibri, 2000.

PEREIRA, Maria H. R. Hélade Antologia da Cultura Grega, Lisboa: Guimarães Editores SA, 2009.

PADRES APOLOGISTAS, Tr. I. Storniolo e E. M. Blancin. Patrística, São Paulo, Paulus, 2005.

SOFISTAS. Testemunhos e Fragmentos. Tradução: Ana Alexandre Alves de Sousa e Maria José Vaz Pinto. Lisboa, INCM, 2005.

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