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Pansophia

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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Alma e Corpo - Platão – 427-347 a.C.

por Osvaldo Duarte   moa espelho picasso
Considerando a correção dos nomes, Alma (psychê), é a causa da vida do corpo quando nele está presente, conferindo-lhe a faculdade, o poder de respirar refrescando-a (anapsychô); quando este poder, esta força de refrigeração abandona o corpo, ele perece, chega ao fim, morre. Outra definição, Alma é a natureza do corpo enquanto este vive, circula, se movimenta.
Ainda na correção dos nomes, podemos definir corpo (soma), como túmulo, sepultura da alma. Com efeito, a alma encontra-se enterrada, aprisionada no corpo. É através do corpo que alma se redime das faltas cometidas; o corpo é, pois, receptáculo,  prisão onde a alma é castigada pelos seus erros.
De todos os seres engendrados, a Alma é mais antiga e divina; por ser superior ao corpo, compete a Alma ser boa, justa, temperante e forte, semelhante aos deuses. Sendo imortal, a Alma prestará contas a outras divindades.
A Alma é de todo diferente do corpo; enquanto vivemos é a alma que nos define.
Cabe à alma comandar o corpo, pois, enquanto a alma possui inteligência o corpo carece de entendimento.
O Corpo é um simulacro, a imagem da alma; cabe ao corpo obedecer a alma.
 
Botero3
 
Quando a alma e o corpo se unem, engendram forma única a qual chamamos de animal.
 
  Créditos
PLATÃO. Leis, vol. XII-XIII. Trad. Carlos Alberto Nunes. Pará, Universidade Federal do Pará, 1980.
PLATÃO. Diálogos, vol.I X.. Trad. Carlos Alberto Nunes. Pará, Universidade Federal do Pará, 1973.
PLATÃO. Crátilo. Trad. Maria José Figueiredo. Lisboa, Instituto Piaget, 2001.














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