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Pansophia

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sábado, 13 de abril de 2013

A filosofia de Leão Hebreu

 

por Leandro Morena

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Leão Hebreu (1464-1535) foi um filósofo de origem portuguesa. O seu nome verdadeiro é Judá Abravanel. Especializou-se nos estudos de Cabala e nos estudos da filosofia clássica hebraica, muçulmana e latina e formou-se em medicina.

Na filosofia destacou-se por mostrar a semelhança da bíblia com a filosofia grega, “santificando” principalmente o platonismo. Uma das suas principais obras, Diálogos de Amor, é um diálogo entre dois amantes em que os protagonistas são: Fílon o amor e Sofia a sabedoria. Nesta obra o filósofo pretende mostrar sua doutrina afirmando que o amor é uma fundamentação ontológica da realidade, idealizado como sentimento e intelecto. Deste modo Leão Hebreu unifica razão e fé, esta última como predominante.

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A teoria do amor foi retomada da filosofia de Nicolau de Cusa (1401-1464) e Marcílio Ficino (1433-1499). Para o filósofo Leão, o amor tem um duplo processo, circularidade cósmica, isto é, que vai de Deus ao homem e do homem para Deus, ou seja, o homem é a única conexão de Deus com o mundo terreno, e isso faz com que o homem seja o centro do universo.

Imagemdeus e o homem

O amor é a que tudo acalora e a tudo adapta. Quando o intelecto humano faz união ao corpo, conduz a luz divina do mundo superior para o mundo inferior e faz assim participar de Deus tudo quanto foi criado. Segundo Abbagnano, o amor de Deus pelo mundo inferior, mundo este que é imperfeito, tem como objetivo que este mundo atinja o grau elevado de perfeição e beleza. O amor do homem tem como finalidade a plena e absoluta união com Deus.

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Créditos:

ABBAGNANO, Nicola. História da Filosofia - vol.V, 2º Ed.Trad. Nuno Valadas e Antônio R. Rosa. Lisboa, Editorial Presença, 1978.

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