por Leandro Morena
Alcmeão foi um filósofo grego natural de Crotona. Foi discípulo do filósofo Pitágoras (580-497 a.C.), sabe-se que ele viveu no séc. V a. C., porém não há registro preciso da data de nascimento ou morte. Foi médico e foi o primeiro que dissecou um cadáver humano para fins do entendimento fisiológico. Alcmeão dedicou-se na investigação das ciências naturais e desenvolveu a sua tese calcada no entendimento dos processos fisiológicos das sensações e a ligação deles com o cérebro. Segundo Barnes, Alcmeão explica que os órgãos dos sentidos funcionam da seguinte maneira:
Olfato: o nariz faz com que identifiquemos os aromas que são sentidos, simultaneamente, ao inspirá-los, por sua vez, conduz a respiração diretamente ao cérebro.
Paladar: já a língua tem a capacidade de distinguir sabores, pois, tem a facilidade em dissolver as coisas com seu calor, por serem brandas e cálidas, acolhendo e transmitindo-as por serem de textura solta e suave.
Audição: provém da existência de um espaço vazio no interior dos ouvidos que gera ressonâncias, que por sua vez, faz com que a cavidade ecoa e o ar faz com que repercute numa resposta.
Visão: os olhos enxergam através do liquido que os abrange; flamejam quando fixam-se num determinado objeto. A visão é concebida através da parte transparente e brilhante, quando esta produz reflexão, e quanto mais pura é, enxergam com maior nitidez.
Alcmeão chega à conclusão de que todos os sentidos estão diretamente ligados ao cérebro, por isso se o cérebro sofrer qualquer tipo de alteração ou dano, automaticamente, afetará os órgãos dos sentidos. O curioso é que Alcmeão não explica como age o órgão do sentido tato.
Créditos:
BARNES, Jonathan. Filósofos Pré-Socráticos. Trad. Julio Fischer. Martins Fontes, São Paulo, 2003.
Foto 3: http://megaarquivo.com/page/36/?iframe=true&width=900&height=450
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