por Osvaldo Duarte
Com vistas à natureza, Tomás reforça a sua tese de que o governo de um só, isto é, o governo do príncipe, é preferível aos demais regimens de governo.
“O mais bem ordenado é o natural; pois, em cada coisa, opera a natureza melhor. E todo o regímen natural é de um só. Assim, na multidão dos membros, um é o que a todos move, isto é – o coração; e, nas partes da alma, preside uma faculdade principal, que é a razão. Têm as abelhas uma só rainha, e em todo o universo há um só Deus, criador e regedor de tudo.Tôda a multidão deriva de um só. Por onde, se as coisas de arte imitam as da natureza e tanto melhor é a obra de arte, quanto mais busca a semelhança da que é da natureza, importa seja o melhor, na multidão humana, o governar-se por um só”.
O nome tirano, segundo o doutor Angélico, é derivado de força, pois oprime pelo poder, ao invés de regrar pela justiça.
“Assim, porém, como é ótimo o regímen do rei, também é péssimo o governo do tirano”.
Do mau governo:
Tirania – governo de um só , regime injusto.
Oligarquia – principado de poucos que por terem riqueza, oprimem o povo, diferindo do tirano apenas em número.
Democracia – regime iníquo que se exerce por muitos; populacho oprime os ricos pelo poder da multidão, sendo então todo o povo como um só tirano.
Do bom governo:
Aristocracia – governo de poucos, mas virtuosos.
Em defesa do Rei:
Rei é o pastor que busca o bem comum e não o interesse próprio.
Créditos:
AQUINO. Tomás. Do Govêrno dos Príncipes. Trad. Arlindo Veiga dos Santos. São Paulo, Editora Anchieta, 1946.
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