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Pansophia

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sexta-feira, 18 de abril de 2014

A filosofia de Leucipo


por  Leandro Morena

clip_image002Leucipo foi um filósofo grego, pouco se sabe sobre a sua vida, pois não há referências do exato local do nascimento.  Provavelmente tenha vivido no século V a.C. e tenha nascido na cidade de Abdera, ou Eléia, ou Mileto. A existência de Leucipo foi colocada em dúvida, pois o próprio filósofo Epicuro (341 a.C. - 270 a.C.) afirma que nunca houve um filósofo com esse nome e alguns historiógrafos reafirmam isso; outros, por sua vez, afirmam que há evidências concretas de que o filósofo existiu. Para o filósofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), Leucipo foi o criador do atomismo, e o filósofo Demócrito (460 a.C.-370 a.C.) foi seu discípulo, este, por sua vez, detalhou a teoria do atomismo.  Raramente encontram-se escritos de Leucipo separado de Demócrito, pois nas referências que são feitas dele estão sempre juntas com o sucessor. Foi adepto da filosofia do grego Parmênides (530 a.C. - 460 a.C.), apesar de pensar diferente do mesmo, pois este considerava o universo como: uno,  inerte, não-gerado e limitado e não aceitavam que ocorresse  investigar a respeito do que não existe,  Leucipo, todavia,  afirmava que existe de elementos infinitos e em eterno movimento, como também uma interminável  quantidade de formas,  chegando a conclusão de que a geração e a mudança são incessantes entre as coisas que existem.
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Segundo Barnes, Leucipo afirmava que o ser existe quanto ao não-ser e que ambos estão num mesmo patamar quando causadores das coisas que vem a ser.  Concluiu que a substância do átomo é dura e cheia e que esta era ser e conduzida pelo vazio, ao que nomeava não-ser e que existe de maneira idêntica ao ser.
Mondolfo brinda-nos com a passagem descrita por Aristóteles na obra Metafísica Livro I, sobre as diferenças entre átomos na concepção de Leucipo:
Do mesmo modo daqueles que crêem ser única a substância... subjacente,  e extraem todo o resto dos acidentes desta substância...assim também dizem que as causas de todas as coisas  são as diferenças (entre os átomos). E dizem que essas são três: a forma, a ordem e a posição: pois afirmam que o ser não se diferencia senão por proporção, contato e conversão: ora, a proporção é a forma, o contato é a ordem e a conversão é a posição.  Por tanto, A difere de N pela forma, AN da NA pela ordem, Z de N pela posição.
Tradução: Lívio Teixeira


Créditos:

MONDOLFO, Rodolfo. O pensamento Antigo. Trad. Lívio Teixeira. Editora Mestre Jou, São Paulo, 1964.
SANTOS, José Trindade. Antes de Sócrates. Gradiva, Lisboa, 1992.
BARNES, Jonathan. Filósofos Pré-Socráticos. Trad. Julio Fischer. Ed. Martins Fontes, São Paulo

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