por Leandro Morena
Para o filósofo grego Alcmeão (Ἀλκμαίων) de Crotona tudo que é relacionado às coisas humanas estão interligados de tal maneira, vem em pares dos opostos. Embora tivesse um pensamento que se assemelha em muito à filosofia dos Pitagóricos, pelo qual estes afirmavam: que as coisas existem a um conjunto determinado de opostos, defendia que essa dicotomia, ao contrário do que pensavam os Pitagóricos, dava-se a uma junção que formava ao acaso, como por exemplo, o doce e amargo, bom e mau, grande e pequeno, preto e branco.
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Seguindo essa ideia chegou à conclusão que esses opostos tinham uma aplicação médica, lembrando que os escritos dele referiam-se à medicina, veja o artigo nesse blog: Os órgãos dos sentidos segundo o filósofo Alcmeão. Segundo Barnes, o filósofo afirmava que através do igualitarismo entre as forças: frio e quente, seco úmido, doce e amargo entre outros, e que toda a autocracia entre eles suscita o aparecimento da enfermidade, ou seja, a autocracia de qualquer membro de um par é destrutiva. A enfermidade vai ocorrer por um exagero de frio ou calor, de um exagero ou deficiência alimentar e no sangue, na medula e no cérebro. Outro fator que a enfermidade ocorre será por causas externas, como por exemplo, algo que ocorreu num lugar e afetou o ar onde a pessoa encontra-se, algum problema que tem a água de determinado lugar, cansaço, uma força feita em excesso ou algum outro fator semelhante. Para ele a saúde é uma aglomeração extremamente harmonizada das propriedades.
Créditos:
MONDOLFO, Rodolfo. O pensamento Antigo. Trad. Lívio Teixeira. Editora Mestre Jou, São Paulo, 1964.
BARNES, Jonathan. Filósofos Pré-Socráticos. Trad. Julio Fischer. Ed. Martins Fontes, São Paulo, 2003.
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