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Pansophia

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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Carta 58 – Da indigência vocabular – Sêneca – 4 – 65 d.C.

 

por Osvaldo Duarte

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Sêneca, na carta 58, comenta a indigência vocabular à sua época. Com efeito, como se não bastasse a pobreza vocabular - que seria a falta de um vocábulo adequado, muitas palavras caíram em desuso pelo requinte.

Carta 58 (excerto):

“Até que ponto é grande a nossa pobreza, direi mesmo a nossa indigência vocabular, nunca o tinha compreendido tão bem como hoje. Estávamos falando casualmente de Platão: mil noções se nos depararam carentes, mas desprovidas, de um vocábulo apropriado; em contrapartida há muitas outras que tiveram nome, caído em desuso devido ao nosso gosto requintado. Ora, ter gosto requintado no meio da indigência é algo insuportável.”

Créditos

SÊNECA, L. A., Cartas a Lucílio. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2009.

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