por Osvaldo Duarte
Sêneca, na carta 58, comenta a indigência vocabular à sua época. Com efeito, como se não bastasse a pobreza vocabular - que seria a falta de um vocábulo adequado, muitas palavras caíram em desuso pelo requinte.
Carta 58 (excerto):
“Até que ponto é grande a nossa pobreza, direi mesmo a nossa indigência vocabular, nunca o tinha compreendido tão bem como hoje. Estávamos falando casualmente de Platão: mil noções se nos depararam carentes, mas desprovidas, de um vocábulo apropriado; em contrapartida há muitas outras que tiveram nome, caído em desuso devido ao nosso gosto requintado. Ora, ter gosto requintado no meio da indigência é algo insuportável.”
Créditos
SÊNECA, L. A., Cartas a Lucílio. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2009.
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